terça-feira, 29 de março de 2016

I Ciclo de Conferências: Leituras a Sul

No próximo dia 7 de Abril, a partir das 14 horas, vamos falar de Arquivos na Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca, em Castro Verde. A iniciativa está a ser desenvolvida pela Dra. Armanda Salgado, no âmbito do seu trabalho com o Museu da Ruralidade e o CIDEHUS (Centro Interdisciplinar de História, Cultura e Sociedades da Universidade de Évora). Neste pequeno encontro pretende-se provocar a discussão em torno de temas tão prementes como a unificação de arquivos, a salvaguarda de documentos, a digitalização e a disponibilização de documentação.
É um projecto ao qual está ligado o Museu da Ruralidade.




Aivados 1975 - 2016: 41 anos de memória


Realiza-se no próximo dia 23 de Abril, nos Aivados, a II Edição da evocação da recuperação das terras dos Aivados, organizada pelo Museu da Ruralidade, Núcleo dos Aivados - Aldeia Comunitária. A edição deste ano inclui, para além da caminhada Aivados - Cerro Ruivo - Aivados, uma pequena homenagem aos aivadenses já desaparecidos. Do programa faz parte um almoço convívio, a realização da II Edição do Encontro de Poetas Populares e um baile de harmónica à antiga.

O projecto da poesia popular, que o Museu da Ruralidade está a dinamizar, procura valorizar o trabalho que muitos poetas populares vão efectuando, dando corpo a uma tradição literária ancestral e que teve, até há cerca de três dezenas de anos, as folhas volantes como método de divulgação deste fazer poético de cariz popular. Unindo esforços com a Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca, de Castro Verde, este projecto pretende dinamizar uma revista de carácter semestral onde se divulguem poesias, poetas e o produto do seu trabalho.

Os bailes de harmónica é outro dos projectos que o Museu da Ruralidade pretende desenvolver, procurando recuperar uma tradição praticamente desaparecida há cerca de 40 anos.

As inscrições para estas iniciativas podem ser feitas através do número de telefone 286 915 329 ou através do mail museururalidade@gmail.com.


sábado, 26 de março de 2016

viagem do grupo d'os Presépios aos Museus da Farinha e da Abela e a Miróbriga

No passado dia 23 de Março, o grupo de colaboradores do Museu da Ruralidade no projecto "O Meu Presépio", deslocou-se ao concelho de Santiago do Cacém para conhecer três projectos distintos, mas muito importantes na vida cultural daquele concelho do litoral alentejano: Museu do Trabalho Rural, na Abela, Museu da Farinha, em S. Domingos e ruínas romanas de Miróbriga, à entrada de Santiago do Cacém.
A visita para este grupo de 40 colaboradores do Museu, provenientes de S. Marcos da Atabueira, Castro Verde, Almeirim e Entradas, começou no Museu da Abela, com uma recepção efectuada pela Dra Fernanda Vale e o José Matias, responsáveis pelo Museu Rural do Trabalho. Em Miróbriga, numa visita rápida de pouco mais de meia hora, a dra. Manuela de Deus mostrou um pouco daquele conjunto extraordinário de ruínas, resquícios materiais de uma ocupação de pouco mais de 500 anos que se terá iniciado há cerca de 2000 anos. Depois de um almoço servido pela D. Fátima no Restaurante Passe e Fique, na Cova do Gato, onde há muitos anos o senhor Júlio ia carregar tijolo a uma cerâmica já encerrada, fomos ao Museu da Farinha, a S. Domingos. Recepção calorosa pelos proprietários do Museu, o Amadeu e a Clara Gonçalves, que para além da visita guiada, nos ofertaram um lanche feito pelas senhoras de S. Domingos. Pelo meio um grupo de meninos cantaram à alentejana e obrigaram as gentes de S. Marcos, Almeirim e Entradas a responder. De referir que um e outro museu fazem parte da rede informal de museus rurais do sul e que esta visita é uma das lógicas que está por detrás deste projecto: criar laços de amizade e cooperação que envolvam as comunidades onde os museus estão integrados.
Aqui ficam algumas das imagens desta jornada.
































segunda-feira, 14 de março de 2016

Livros da Nossa Terra

ALBINO, José Duarte

Alentejo rural: memórias de José Duarte Albino. 1 ª ed.  [s.l]: Crédito Agrícola, 2014.

Com a apresentação deste livro de José Duarte Albino, dá-se início a uma nova rubrica, neste blog, intitulada “Livros da nossa terra”.
Servindo-se do mote “Ó Zé, conta lá”, por parte de amigos e conhecidos, José Duarte Albino, filho do Alentejo, natural de Aljustrel, decidiu contar as suas memórias de tempos idos, possibilitando revisitar um Alentejo marcadamente rural dos anos 50, 60 e 70 do século XX.
O livro apresenta-se, assim, divido em duas grandes partes: “A terra” e “As gentes: Histórias e memórias”.
Os episódios e as pessoas que recorda com precisão e humor, as figuras típicas, o inventário de termos e modos alentejanos, os trabalhos agrícolas e, em concreto, a relação entre lavradores e trabalhadores, possibilitam relembrar tempos de outrora. Aborda-se também a aplicação da lei da Reforma Agrária, o trabalho, através do olhar do autor enquanto veterinário, e da atividade na cooperativa Hortofrutícola do Roxo, no Sport Clube Mineiro Aljustrelense, na Caixa de Crédito Agrícola e na Santa Casa da Misericórdia de Nossa Senhora da Assunção de Messejana, motivos pelos quais Alentejo Rural se apresenta como uma verdadeira monografia local.
Contador de histórias, José Duarte Albino, guarda e valoriza o passado, perpetuando-o no tempo.

Livro depositado no Centro de Documentação do Núcleo da Oralidade do Museu da Ruralidade, com o número provisório 2016/04